quarta-feira, 30 de maio de 2012

Não posso mim enganar!!!!!!











Não poderia mentir dizendo que tentar me afastar de ti vai ser melhor; não posso me enganar convencendo-me em meio a desilusões que eu não sinto sua falta, que não é você que eu quero ao meu lado, que não sinto nada ao saber que outras o tem, mas é inevitável. Em meio a tentativas frustradas de me esquecer de tudo, eu subitamente me desmorono e me desmantelo em lágrimas de dor e ausência de ti… Tento ansiosamente e em êxtase continuo e profundo, por em minha cabeça coisas que eu anseio que fossem verídicas. Busco crer que não é o seu sorriso que se retrata em meus sonhos ao dormir, que pode ser de qualquer um, mas não o seu; que o seu beijo em mim nada mudou e que quando ninguém consegue me confortar, nenhuma diferença faria o calor do seu abraço, que um dia me aqueceu e me amparou, e que o embalsamar do seu perfume que certo dia me embriagou quando eu recostava-me em seus ombros, hoje é somente uma mera fragrância pairando pelos ares quando sinto semelhante cheiro. Seria tão menos complexo e sofrível se tudo isso fosse realmente realidade, mas em meio a lágrimas me mostro impotente e fracassada em confirmar que não é. Se eu pudesse indagar meu coração, eu o perguntaria o porquê não consegue se libertar de tal sentimento. Infelizmente coração e razão entram em batalha contínua dentro de mim e ambos insistem em não responder os porquês de todos os atos por eles realizados. Enquanto meu coração tem sede de se expressar, a razão o priva de maneira a deixá-lo vulnerável, sem qualquer vestígio de chance de se exaltar e algo então eclodir de si.
Tudo então fica incontrolável, mas nada que se possa emergir. Um coração a mercê do racional, um nó na garganta, um choro engasgado, a decepção do amor, as lágrimas que emergem sem ao menos pedir licença, e traçam seu caminho sobre minha face pálida e sem cor. Um sentimento estranho e repreendido, uma falta que eu nunca senti antes… Uma certeza de que acabou sem nunca ao menos ter começado, uma saudade de momentos que se passaram e que não voltam mais, momentos nos quais me iludi, mas me maravilhei com tal presença. Uma esperança que me mata e dilacera por dentro, me corroendo e deixando vestígios de algo que eu um dia sonhei, que tanto busquei de maneira oculta. Doce menina esperançosa, que deixou que tudo isso plainasse dentro de seu ser de modo tão inocente, tão puro, mas que hoje sente ardentemente os fluidos e as desilusões de tudo que guardara em si verdadeiramente por tempos incontestáveis.
Novos amores chegaram, ou ao menos tentaram instalar-se e conquistar um espaço aqui dentro, mas eles já se foram e nada relevante conseguiram deixar, pois nada nem ninguém pode ser comparado ao ser que aqui dentro plantou algo tão inexplicável e inefável, nada consegue ao menos se assemelhar ao que eu sinto por esse alguém… E eu nem acho que seja possível encontrar tal ser assim, capaz de fazer minha respiração ofegar de modo incontrolável e impassível, meus olhos brilharem com a intensidade do raiar solar, meus lábios ressequirem e meu coração pulsar de maneira austera, de tal modo que o mundo ao meu redor pareça plainar sobre meus pés e nada mais faça real sentido.

Não da para mentir... Ainda tenho todo esse sentimento por ti e não posso me enganar: Não sei se isso um dia vai mudar. (E o que fazer agora com tanto amor? Se pra quem eu quero dá-lo não quer recebê-lo, se deve me achar uma garota inferior a todas as outras, que com certeza são muito mais interessantes do que a ingênua menina que se desmantela em palavras e nada mais faz que isso... só peço-te desculpas e nada virei a interferir em sua vida, e faça isso, me ignore quem sabe assim meu coração mesmo que em pedaços te ame um pouco menos…)

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